Liane Liane - Retrovírus

Começa por estender a mão
Promessa de sair do chão
Interessa a foto de eleição
E no fim, é o rei da multidão

Estende o corpo no trono só
Despe o medo e sorri sem dó
Interessa a coroa já sem pó
E no fim, é o rei escolhido por nós

Acorda, já deste tudo, nada te sobra em luto
Já é tarde e passa a hora, a nossa hora, a nossa hora
Aguenta, que o trono é senda, verme que se alimenta
Do olhar que se contenta, aguenta, não te rendas!

Mente ao estender a mão
Promessa antiga cai ao chão
Interessa a boca de opinião
E mantém-se o rei da multidão

Cresce o ego, a compulsão
Despe o medo e o sorriso vão
Suprime, apaga o cidadão
E mantém-se o rei da multidão

Acorda, já deste tudo, nada te sobra em luto
Já é tarde e passa a hora, a nossa hora, a nossa hora
Aguenta, que o trono é senda, verme que se alimenta
Do olhar que se contenta, aguenta, não te rendas!

Acorda, já deste tudo, nada te sobra em luto
Já é tarde e passa a hora, a nossa hora, a nossa hora
Aguenta, que o trono é senda, verme que se alimenta
Do olhar que se contenta, aguenta, não te rendas!